A companhia ferroviária Norfolk Southern anunciou, nesta terça-feira (9), que chegou a um acordo para pagar US$ 600 milhões e colocar fim aos processos que enfrenta pelo descarrilamento de um dos seus trens que liberou produtos químicos tóxicos em uma cidade do estado de Ohio, nordeste dos Estados Unidos, em 2023.

A empresa "chegou a um acordo de princípio de US$ 600 milhões (R$ 3 bilhões na cotação atual) para resolver uma ação coletiva consolidada relacionada ao descarrilamento", segundo um comunicado.

De acordo com a companhia ferroviária, "se aprovado pela Justiça, o acordo resolverá todas as ações coletivas em um raio de 20 milhas (32 km) ao redor do descarrilamento" e também prevê uma indenização em caso de lesões, em um raio de 16 quilômetros. 

O acidente, que não deixou vítimas, ocorreu em fevereiro de 2023 em East Palestine, no oeste de Ohio, e provocou a liberação de substâncias tóxicas e inflamáveis como cloreto de vinila e benzeno, forçando a retirada de cerca de 2.000 residentes da área.

Vários moradores relataram náuseas, dores de cabeça e erupções cutâneas após serem expostos à fumaça preta emitida pelos vagões em chamas.

A Norfolk Southern afirmou que o acordo não implica em uma admissão de responsabilidade, erro ou culpa, mas declarou que o valor permitirá que os moradores e comerciantes locais "tratem os potenciais impactos adversos do descarrilamento".

"Isso pode incluir cuidados e necessidades de acompanhamento médico, restauração ou desvalorização de propriedades e compensação por quaisquer perdas comerciais", afirmou a empresa. 

As consequências do acidente se tornaram munição para a política às vésperas das eleições presidenciais de novembro de 2024.

Donald Trump, que aspira um retorno à Casa Branca, visitou o local logo após o incidente e provocou o presidente Joe Biden por não tê-lo feito imediatamente. Por fim, o democrata esteve em East Palestine em fevereiro, um ano após o ocorrido. 

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