O Conselho de Segurança da ONU, depois da promessa de Israel de abrir mais acessos à ajuda humanitária em Gaza, pediu nesta quinta-feira(11) que faça "mais" ante a ameaça de "fome iminente" no território palestino. 

Os membros do Conselho manifestaram sua "profunda preocupação com o custo humano do conflito, a situação humanitária catastrófica e a ameaça de fome iminente" e pediram "a eliminação imediata de todos os obstáculos à entrega de ajuda humanitária" à população civil. 

Em declaração nesta quinta, afirmou que "tomou nota do anúncio de Israel de que abriria a passagem fronteiriça de Erez e autorizaria o uso do porto de Ashdod para ajuda a Gaza, mas destacou que mais deve ser feito" para fornecer um auxílio humanitário capaz de enfrentar à "magnitude" das necessidades dos habitantes. 

Também insistiu na "necessidade de aplicar esta decisão de forma imediata, completa e sustentável".

Na semana passada, após uma série de anúncios de Washington, Israel anunciou a abertura da passagem fronteiriça de Erez e o uso do porto israelense de Ashdod (sul), a 35 quilômetros de Gaza. As medidas ainda não foram aplicadas.

Na quarta-feira, o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, garantiu ao Conselho que as medidas estavam em preparação. 

O Conselho destacou a necessidade de uma "investigação completa, transparente e exaustiva" sobre a morte de sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen, em um ataque do Exército israelense no início de abril. 

Também condenou a morte de "pelo menos 224" trabalhadores humanitários desde o início do conflito em Gaza, assim como "toda a violência e hostilidades contra civis". 

A guerra começou em 7 de outubro, com ataques sem precedentes de militantes do Hamas no sul de Israel, deixando 1.170 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Em resposta, Israel prometeu aniquilar o Hamas, ao qual considera uma organização terrorista, assim como Estados Unidos e União Europeia. 

Seu Exército lançou uma ofensiva que já tirou 33.545 vidas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

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