Um em cada cinco domicílios no Japão, que enfrenta atualmente o desafio de cuidar da sua população idosa, será constituído por idosos que vivem sozinhos até 2050, revelou um estudo nesta sexta-feira (12).
Em 2050, 10,8 milhões de idosos viverão sozinhos, o que representa 20,6% dos lares no Japão, segundo projeções do Instituto Nacional de Pesquisa da População e da Segurança Social.
Estes números representam um aumento considerável em relação a 2020, quando foi informado que 7,37 milhões de idosos viviam sozinhos, ou seja, 13,2% dos domicílios, segundo as projeções publicadas pelo instituto a cada cinco anos.
Os jovens japoneses casam-se cada vez mais tarde ou decidem não ter filhos por não terem recursos para garantir a sua educação.
O Japão enfrenta um desafio demográfico à medida que o número crescente de idosos aumenta os custos dos cuidados médicos e dos cuidados de longa duração, enquanto a população ativa capaz de financiar estas despesas diminui.
Muitos idosos têm filhos ou familiares que podem cuidar deles, mesmo que vivam sozinhos, revela o instituto.
"No entanto, daqui a cerca de trinta anos, a proporção de domicílios constituídos por um idoso sem filhos que vive sozinho" aumentará, enquanto o número de familiares que atuam como cuidadores diminuirá, segundo o estudo.
A população do país diminuiu em 595 mil habitantes em 2023, para 124 milhões, de acordo com estatísticas governamentais publicadas nesta sexta-feira.
Esta queda foi compensada pela chegada de estrangeiros, uma vez que a população de cidadãos japoneses caiu em 837 mil pessoas, para 121 milhões.
O governo japonês tentou frear o declínio demográfico, mas não obteve sucesso.
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