A China está ajudando a Rússia a realizar "sua expansão defensiva mais ambiciosa desde a era soviética e em um prazo mais rápido do que acreditávamos ser possível" quando a guerra na Ucrânia começou, afirmou um funcionário americano nesta sexta-feira (12).

Citando como exemplo, outro alto funcionário americano mencionou as enormes compras por parte da Rússia de componentes eletrônicos, de maquinário e explosivos chineses, e acrescentou que "entidades chinesas e russas trabalham juntas para produzir drones" em território russo.

"A Rússia teria dificuldades para sustentar seu esforço bélico [na invasão da Ucrânia] sem o aporte da República Popular da China", disse.

Os Estados Unidos esperam que a difusão dessa informação de inteligência incentive seus aliados europeus a pressionarem a China, justo quando o chanceler alemão Olaf Scholz viaja a Pequim neste fim de semana e antes da reunião dos ministros de Relações Exteriores do Grupo dos Sete (G7), na próxima semana na Itália.

Ao revelar as descobertas da inteligência americana, os funcionários disseram que a China ajuda a Rússia em uma variedade de áreas, incluída a produção conjunta de drones, elementos com capacidades espaciais e exportações de máquinas e ferramentas vitais para produzir mísseis balísticos.

A China foi fator-chave na revitalização da base industrial de defesa de Rússia "que, de outro modo, teria sofrido reveses significativos" desde a invasão da Ucrânia, que motivou duras sanções dos países ocidentais contra Moscou, disse o alto funcionário americano.

"A Rússia está realizando sua expansão defensiva mais ambiciosa desde a era soviética e em um prazo mais rápido do que acreditávamos ser possível quando este conflito começou", mencionou.

"Nossa opinião é que uma das medidas mais inovadoras que temos a nossa disposição neste momento para apoiar a Ucrânia é persuadir a República Popular da China para que deixe de ajudar a Rússia a reconstituir sua base industrial militar", indicou a fonte.

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