O navio cargueiro que o Irã apreendeu neste fim de semana no Golfo, acusando-o de estar "vinculado a Israel", está "em águas territoriais iranianas" para realizar "as investigações necessárias", declarou nesta segunda-feira (15) o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani.
As autoridades iranianas não forneceram nenhuma informação desde que as forças marítimas especiais da Guarda Revolucionária, o Exército ideológico da República Islâmica, apreenderam no sábado o navio cargueiro "MSC Aries" no Estreito de Ormuz.
"O navio foi levado para águas territoriais iranianas", disse Kanani aos jornalistas, sem dar qualquer informação sobre os 25 tripulantes.
O porta-voz explicou que o Irã apreendeu o navio porque "violou os regulamentos marítimos internacionais" e "não respondeu adequadamente às perguntas das autoridades iranianas".
"Não há dúvida de que este navio pertence ao regime sionista", disse Kanani, referindo-se a Israel, inimigo da República Islâmica.
A agência oficial de notícias Irna informou no sábado que o "MSC Aries", que navega sob bandeira portuguesa, foi apreendido por ser "gerido pela empresa Zodiac, que pertence ao capitalista sionista Eyal Ofer".
A apreensão do navio ocorreu horas antes de o Irã lançar um ataque de drones e mísseis contra Israel.
Os Estados Unidos chamaram a apreensão de um "ato de pirataria" e instaram o Irã a "libertar imediatamente este navio de propriedade britânica e de bandeira portuguesa e a sua tripulação composta por indianos, filipinos, paquistaneses, russos e estonianos".
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