As fortes chuvas no Paquistão deixaram, desde sexta-feira (12), pelo menos 41 pessoas mortas, 28 atingidas por raios, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (15) pelas autoridades do país - um dos mais ameaçados do mundo pelos fenômenos meteorológicos extremos.
A Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA, na sigla em inglês) alertou para possíveis deslizamentos de terra e inundações repentinas. Os serviços meteorológicos, por sua vez, preveem mais dias de chuvas intensas na maioria das províncias paquistanesas.
A província do Punjab, a maior e mais populosa do país, sofreu a maior perda de vidas humanas, segundo o departamento provincial da NDMA.
Entre sexta-feira e domingo (14), 21 pessoas morreram atingidas por raios em áreas rurais, afirmou o órgão.
No Baluchistão, sudoeste do país, pelo menos oito pessoas morreram, sete delas atingidas por raios, relatou a comitiva da NDMA no local.
Algumas áreas permanecem inundadas, por isso, as escolas da província fecharam até terça-feira (16) como medida de precaução, acrescentou.
Na província de Sind, localizada ao sul, quatro pessoas morreram em acidentes de trânsito devido aos fortes temporais, segundo autoridades locais.
As chuvas também derrubaram casas e mataram oito pessoas, quatro delas crianças, na província de Khyber Pakhtunkhwa, no nordeste, indicaram fontes da cidade.
O Paquistão, quinto país mais populoso do mundo, é um dos mais ameaçados pela mudança climática.
O período de monção, que começará em junho, é essencial para reabastecer os recursos hídricos do Sul da Ásia, e contribui com entre 70 e 80% das chuvas anuais. No entanto, também causa tragédia e destruição a cada ano.
Em 2022, inundações sem precedentes inundaram um terço do país, afetando mais de 33 milhões de pessoas e causando mais de 1.700 mortes.
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