Eliminado de uma competição do circuito mundial de surfe na Austrália, a lenda norte-americana do surf Kelly Slater, de 52 anos, voltou a falar nesta terça-feira sobre sua aposentadoria, sem anunciar explicitamente que irá 'pendurar a prancha'. 

"Tudo tem um fim", declarou Slater após sua eliminação contra o número 1 do mundo, seu compatriota Griffin Colapinto, em Margaret River, ao sul de Perth (oeste da Austrália). 

Onze vezes campeão mundial, tanto como o mais jovem (20 anos em 1992) quanto como o mais velho (39 anos em 2011), detentor de 55 vitórias em eventos do circuito, um recorde, Kelly Slater, mal posicionado na elite do circuito, não participará dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. 

Em diversas ocasiões fez referência à sua aposentadoria, que está próxima, mas sem anunciá-la oficialmente.

"Parece que é o fim (...) Se você não se adapta, não consegue sobreviver. Eu não estava motivado para estar 100% como todo mundo está agora". 

"Foi uma vida incrível, rica em memórias", continuou Slater. 

"Isso representa tantas emoções, por tanto tempo. Nem tudo foi cor de rosa, mas foram os melhores momentos da minha vida", disse Kelly Slater, aclamado pelo público presente e carregado nos ombros até a saída da água, apesar da eliminação. 

Prestes a se tornar pai pela segunda vez, ele também falou ao microfone da organização do circuito mundial de surfe sobre "o início de outra coisa, no início do restante" de sua vida. 

Sua carreira incomparável lhe confere o status de "o maior surfista de todos os tempos", o equivalente a Michael Jordan no basquete ou Muhammad Ali no boxe.

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