O técnico do Vasco, o argentino Ramón Díaz, se desculpou após questionar na quarta-feira (18) que "uma mulher" esteja no comando do VAR, afirmação que gerou polêmica pelo seu caráter "sexista".
"O futebol é diferente. Principalmente de que o VAR seja decidido por uma mulher. Acho que é complicado", disse Díaz em entrevista coletiva em Bragança Paulista, a cerca de cem quilômetros de São Paulo.
O treinador, de 64 anos, deu a declaração ao final da derrota de sua equipe (2 a 1) para o Red Bull Bragantino, pela segunda rodada do Brasileirão.
Em meio a críticas direcionadas ao nível da arbitragem brasileira, Díaz questionou a decisão da responsável pelo VAR, a árbitra da Fifa Daiane Muniz, de não marcar um possível pênalti a favor do Vasco no domingo, na estreia no campeonato, em que venceu o Grêmio por 2 a 1 no Rio.
Em seguida, o meia chileno Pablo Galdames reclamou de uma falta dentro da área cometida pelo zagueiro Rodrigo Ely, do tricolor gaúcho. Daiane Muniz inicialmente considerou que houve infração, mas depois mudou de ideia e não chamou o árbitro Flávio Rodrigues de Souza para revisar a jogada.
Díaz pediu desculpas minutos depois diante dos jornalistas e garantiu que sua declaração, considerada "machista" por vários veículos da mídia e usuários de redes sociais, poderia ter sido mal interpretada.
"O que eu quis dizer é que apenas uma pessoa não pode tomar decisão, ter uma decisão tão importante (…) como a participação do VAR", disse o argentino fora do estádio Nabi Abi Chedid.
Em uma mensagem em sua conta no X, o Vasco lamentou a fala de seu treinador e reafirmou "o compromisso de reforçar as medidas e diretrizes educativas necessárias em acordo com suas determinações, valores e princípios".
"Pedimos, assim como nosso técnico, desculpas", finalizou o clube.
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