O Peru transformará a cocaína apreendida do narcotráfico em blocos de concreto com o apoio dos Estados Unidos, utilizando um processo que diminui o impacto ambiental que sua queima gerava, informou o Ministério do Interior nesta quinta-feira (18).

“O Peru reduzirá o impacto ambiental gerado pela incineração de cocaína e derivados, graças a um eficiente procedimento que implementará, com o apoio da Seção de Assuntos Antinarcóticos (INL) dos Estados Unidos, para encapsular essas substâncias em blocos de concreto que serão colocados em depósitos de lixo”, indicou a pasta no comunicado.

Segundo o ministério, o método inovador “consiste em misturar a cocaína e pasta base de cocaína em pó com cimento, sal e aceleradores químicos, entre outros materiais, para formar blocos sólidos de concreto, que tornam impossível extrair a substância”.

“Esse encapsulamento no solo é irreversível e menos poluente, deixando mais eficaz a destruição da cocaína e derivados e permitindo eliminar cerca de 60 toneladas dessas substâncias em um máximo de 40 horas, quando hoje leva aproximadamente 80 dias”, acrescenta o comunicado.

De acordo com as autoridades, o Peru se tornará o segundo país na região, atrás do Equador, a implementar essa técnica para descartar a droga e substituir a incineração realizada periodicamente em um forno da Direção Geral contra o Crime Organizado.

O Ministério do Interior peruano incinerou mais de 50 toneladas de drogas em 2023. O país é um dos maiores produtores mundiais de folha de coca e cocaína, segundo organizações internacionais.

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