Pelo menos nove jornalistas e funcionários que trabalham para veículos de comunicação pró-curdos foram detidos nesta terça-feira (23) na Turquia e acusados de "atividades terroristas", segundo os seus empregadores e advogados. 

As quatro mulheres e cinco homens foram presos durante o amanhecer em Istambul, Ancara e Sanliurfa (sudeste), segundo a associação de advogados responsáveis pela liberdade de imprensa, MLSA. 

Os jornalistas trabalham para a agência Mezopotamia e para o jornal Yeni Yasam, detalhou a mesma fonte. 

A Mezopotamia especifica que um dos seus jornalistas foi detido em Ancara durante "uma operação policial em sua casa".

"A unidade jurídica do MLSA indicou que os jornalistas foram impedidos de consultar um advogado", escreveu a ONG na rede X, informação confirmada à AFP por uma familiar de um dos jornalistas detidos, que pediu anonimato. 

Segundo ela, a polícia apareceu na casa do jornalista antes do amanhecer. 

Os familiares dos jornalistas detidos foram avisados de que as detenções foram realizadas "no âmbito de uma investigação aberta em 2022 por atividades terroristas", sublinhou a mulher. 

A organização Repórteres Sem Fronteiras afirmou que está "monitorando de perto a situação".

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