Ao menos 11 pessoas foram executadas esta semana no Iraque por enforcamento, acusadas de atos de “terrorismo” e pertencimento à organização jihadista Estado Islâmico (EI), indicaram nesta quarta-feira (24) duas autoridades do alto escalão das áreas de segurança e saúde.

O funcionário de segurança, da província de Dhi Qar, sul do país, informou “a aplicação da pena capital contra 11 terroristas do EI” na prisão de Nasiriya; e o de saúde confirmou que seu serviço recebeu “os corpos de 11 condenados, executados na segunda-feira”.

Eles foram enforcados “nos termos do artigo 4 da lei antiterrorista”, acrescentou uma das fontes, que solicitou anonimato.

No Iraque, o “terrorismo”, assim como o homicídio e o tráfico de drogas, são punidos com a pena de morte na forca. Os decretos que autorizam as execuções devem ser assinados pelo presidente.

Os 11 executados eram da província de Saladino e os corpos de sete deles foram devolvidos a suas famílias, disse o funcionário da saúde.

A Anistia Internacional condenou as últimas execuções por enforcamento devido a “acusações de terrorismo excessivamente amplas e vagas”.

De acordo com a organização, na segunda-feira, foram executados 13 homens, 11 dos quais haviam sido “condenados por sua afiliação ao grupo armado Estado Islâmico”.

Os outros dois, detidos em 2008, “foram declarados culpados de crimes relacionados ao terrorismo nos termos do Código Penal após um julgamento manifestamente injusto”, destacou a Anistia, citando seu advogado.

Essa organização de direitos humanos, com sede no Reino Unido, denunciou “uma preocupante falta de transparência em relação às execuções realizadas no Iraque nos últimos meses”.

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