O Ministério Público espanhol solicitou nesta quinta-feira(25) o arquivamento da investigação por suposta corrupção da esposa do presidente do Governo Pedro Sánchez, aberta após a denúncia de uma associação, que admitiu ter se baseado apenas em reportagens da imprensa.
O anúncio da investigação levou o socialista Pedro Sánchez a anunciar na noite de quarta-feira que avaliava se renunciava ou mantinha o cargo, decisão que anunciará na segunda-feira.
"O Ministério Público pede a revogação do despacho" do tribunal de Madri que iniciou a investigação "e o arquivamento do processo", indicaram fontes do Ministério Público.
Com o processo declarado "em segredo" de justiça, nem o tribunal nem o Ministério Público deram mais detalhes sobre as alegações de corrupção e tráfico de influência sobre Begoña Gómez.
Segundo o site El Confidencial, o tribunal investigava as ligações de Gómez com o grupo espanhol Globalia, dono da companhia aérea Air Europa, que negociava com o governo sobre um resgate durante a pandemia, que acabou conseguindo.
Para Pedro Sánchez, as denúncias contra a sua esposa são uma "estratégia de assédio e destruição" de meios apoiados pela direita e extrema direita.
A denúncia que deu origem à investigação foi apresentada por Manos Liminas, grupo próximo da extrema direita, que reconheceu na noite de quarta-feira que se baseou exclusivamente em "informações jornalísticas" que "afirmavam supostas irregularidades", cuja "veracidade" a Justiça deve determinar.
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