Ativistas ambientais denunciaram nesta quinta-feira (25) a presença crescente de lobistas da indústria do petróleo nas conversas em Ottawa sobre um acordo global para reduzir a poluição causada pelo plástico.
Os 196 lobistas da indústria química e da derivada de combustíveis fósseis superam em número todas as delegações que se reuniram em Ottawa e avançam para a quarta rodada de negociações.
Foram quase 40% a mais de lobistas nestas negociações do que na rodada de novembro, no Quênia, apontou o Centro para o Direito Ambiental Internacional (Ciel).
A reunião em Ottawa é considerada crucial à medida que se aproxima a última sessão de negociações, no fim do ano, na Coreia do Sul.
Delegados de 175 países se reúnem para concluir o primeiro tratado das Nações Unidas que aborda o problema do plástico.
"A presença dos lobistas da indústria aumenta progressivamente, conforme crescem os chamados por um acordo que aborde a produção de plástico", denunciou o Ciel.
Embora as empresas não estejam autorizadas a se inscrever nas conversas, os lobistas podem participar como profissionais associados ou dentro de delegações nacionais.
A indústria do plástico promove o aumento da reciclagem, enquanto os ambientalistas querem diminuir o volume de plástico produzido.
A produção de plástico dobrou nos últimos 20 anos, para 460 milhões de toneladas métricas, e caminha para triplicar nas próximas quatro décadas.
As negociações em Ottawa continuarão até o próximo dia 29.
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