Um tribunal de El Salvador condenou a penas de até 120 anos de prisão 14 membros de gangues pelo assassinato de mais de uma dúzia de pessoas que foram enterradas em cemitérios clandestinos, informou o Ministério Público neste sábado (27).

A instituição publicou na rede X ter "conseguido que 14 membros de gangues da MS (Mara Salvatrucha), que operavam em diferentes setores de Santa Tecla e La Libertad, fossem condenados a penas de até 120 anos de prisão".

Os membros das gangues foram considerados culpados do homicídio de 14 pessoas entre 2017 e 2019.

"Estes criminosos privavam as vítimas de liberdade, tiraram sua vida e as enterravam em cemitérios clandestinos. Entre as vítimas há um policial", destacou.

A instituição acrescentou que quatro réus receberam as maiores penas, de 52, 64, 112 e 120 anos de prisão, pelos crimes de homicídio e formação de quadrilha.

O presidente Nayib Bukele mantém desde março de 2022 uma "guerra" às gangues, amparado por um polêmico regime de exceção após uma escalada de 87 homicídios em um fim de semana. 

Desde então, as autoridades detiveram 79.800 supostos membros de gangues, dos quais 7.600 foram libertados, informou em entrevista recente à AFP o ministro de Justiça e Segurança, Gustavo Villatoro. 

A cruzada contra as gangues devolveu uma calma aparente às ruas do país centro-americano, mas é criticada por organismos de defesa dos direitos humanos porque o regime de exceção permite detenções sem ordem judicial.

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