Um militante do partido Vem Venezuela, da opositora María Corina Machado, foi detido, neste sábado (27), pelo Serviço de Inteligência (Sebin) depois de participar e discursar em um ato de campanha da dirigente, denunciaram a equipe política e uma ONG.
"Óscar Castañeda foi sequestrado por forças do regime depois de participar de um ato de María Corina Machado em Portuguesa (centro)", informou o partido na plataforma X, sem que até o momento as autoridades tenham se pronunciado sobre o caso.
A detenção se soma a outras, que incluem as de sete chefes de campanha regionais da opositora, que são acusados de supostos planos conspiratórios contra o governo. Também foi solicitada a prisão de outros sete e a oposição denunciou uma "perseguição política".
Castañeda voltou ao país há 20 dias, após emigrar para a Colômbia. Um vídeo com uma declaração sua apoiando Machado viralizou na véspera, quando a opositora presidiu um ato de campanha no povoado de Turén, em Portuguesa.
"Eu sou um dos venezuelanos que veio derrotado da Colômbia (...), eu deposito minha confiança em María Corina Machado, e quero que todos vocês também o façam", disse Castañeda em uma rápida intervenção durante o ato.
Machado, favorita nas pesquisas de intenção de voto, mas inelegível para as presidenciais de 28 de julho, denunciou uma "repressão brutal" contra suas equipes de campanha, após a detenção de membros de seu partido.
"Eles têm pavor do povo porque toda a Venezuela os rejeita e votará na mudança em 28 de julho", acrescentou o partido.
A ONG de defesa dos direitos humanos Provea pediu a libertação de Castañeda. "Mais um caso de perseguição da dissidência. Os venezuelanos querem votar. Criminalizar a atividade política é uma violação dos direitos humanos", declarou a organização.
A oposição tem denunciado entraves e ataques devido ao processo eleitoral de julho, após as detenções de vários ativistas e a inabilitação de Machado.
A líder nomeou uma substituta, a acadêmica Corina Yoris, mas seu nome não pôde ser registrado no sistema. A autoridade eleitoral não explicou os motivos.
Por fim, a oposição acabou inscrevendo o diplomata Edmundo González Urrutia, de 74 anos, que conta com o aval de Machado.
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