Luis Enrique, o treinador que chegou em meados do ano passado; Kylian Mbappé, o astro que está prestes a ir embora, Ousmane Dembélé, o melhor parceiro de ataque, Vitinha, o novo reforço no meio de campo e Donnarumma, a segurança no gol: alguns homens se destacaram na conquista do PSG do 12º título de campeão francês e ainda sonham com uma tríplice coroa histórica que incluiu a Copa da França e a Liga dos Campeões.

. Luis Enrique: posse de bola, rodízio de jogadores e versatilidade

Assim como fez no Barcelona durante a sua primeira temporada como treinador, Luis Enrique está na luta pela tríplice coroa: Campeonato Francês, Copa da França e Liga dos Campeões, um marco que, se for alcançado, "marcaria a história do clube e da França". 

No verão europeu, com um elenco amplamente renovado e uma filosofia de jogo precisa, o ex-técnico da seleção espanhola reinventou o estilo do time parisiense. 

O espanhol tem focado o seu trabalho na posse de bola, no passe e na projeção rápida, privilegiando a versatilidade, a competitividade e o rodízio de seus jogadores. 

"Os jogadores assimilaram os meus conceitos e estou feliz com o que estou vendo", comemorou o treinador.

. Kylian Mbappé: gols e despedida

Ver Mbappé disputar uma partida completa da Ligue 1 é praticamente impossível, já que ele anunciou à diretoria do clube que deixaria o time no final da temporada. Luis Enrique decidiu começar a tirar minutos do craque francês no campeonato francês "para se preparar para a próxima temporada": começando no banco (contra o Nantes em fevereiro), sendo substituído no intervalo (contra o Monaco em março) ou não jogando sequer um minuto (contra o Lyon, no domingo). 

Apesar desta redução do tempo em campo desde fevereiro, o jogador, cujo futuro aponta para o Real Madrid na próxima temporada, continua a ser o artilheiro do campeonato francês (26 gols), muito à frente do canadense Jonathan David, do Lille (17). 

Menos impressionante nesta temporada, tendo começado a jogar na ponta esquerda e depois voltando ao centro no esquema de Luis Enrique, Mbappé continua igualmente eficaz e decisivo para o PSG, antes da sua saída no final da temporada.

. Ousmane Dembélé: explosão e melhores assistências

Depois de chegar ao PSG vindo do Barcelona na última janela de transferências do verão europeu, Ousmane Dembélé rapidamente se habituou ao campeonato francês e recebeu elogios do seu treinador desde o início: jogador mais desestabilizador do mundo, dinamitador, etc. 

Tem sido indispensável no jogo ofensivo do PSG, sendo o melhor assistente do campeonato, muito mais eficaz do que nas finalizações, apesar de ter marcado quatro gols nos últimos três jogos. 

Vem sendo também um dos jogadores mais influentes no ataque, seja pelas tabelas em pequenos espaços do lado direito com Achraf Hakimi, seja pelos dribles e arrancadas. 

Assim como Bradley Barcola, seu homólogo na esquerda, o jogador da seleção francesa também tem grande valor defensivo, já que recua e ajuda na pressão.

. Vitinha: renascimento no meio-campo

Muito discreto na última temporada, principalmente devido à presença dos astros Neymar e Messi, Vitinha vive há meses um renascimento na criação do jogo do PSG. 

Tanto no campeonato como na Liga dos Campeões, o português de 24 anos comanda o meio-campo da equipe parisiense graças à posse de bola, leitura de jogo e capacidade de projeção. 

Dotado tecnicamente, atuante na saída de bola, é um meio-campista habilidoso na frente do gol, com chutes potentes e precisos de fora da área. 

O seu renascimento está em parte ligado ao reposicionamento de Mbappé numa função mais central, o que permitiu ao ex-jogador do Porto se desenvolver numa função mais natural para ele. 

Na posição de 'camisa 6', Vitinha, que é também útil na recuperação da bola, se tornou indispensável para o equilíbrio do jogo do PSG. Ele também simboliza a evolução da equipe há várias semanas.

- Donnarumma: impecável no gol

Depois de um final de ano de 2023 complicado, com várias falhas e uma expulsão contra o Le Havre, Gianluigi Donnarumma fez partidas completas seguidas, como na visita ao Monaco (0-0), em fevereiro. 

Nesse jogo, o goleiro da seleção italiana foi o melhor dos parisienses. Nesta temporada ele ajudou seus companheiros em diversas ocasiões, e foi em grande parte graças a ele que o PSG perdeu apenas um jogo na Ligue 1. 

O ex-goleiro do Milan tem brilhado no gol, mas ainda pode evoluir no jogo com os pés ou em suas saídas aéreas, principalmente nas jogadas de bola parada.

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