Ao menos 143 pessoas morreram em abril devido às chuvas e tempestades no Paquistão, onde a quantidade de chuva desde o início do mês é duas vezes e meia superior ao habitual, anunciaram as autoridades nesta terça-feira (30). 

As fortes chuvas causaram enchentes repentinas e derrubaram casas. Muitas pessoas também morreram ao serem atingidas por um raio.

O volume de chuva excedeu "164% dos níveis normais em abril", disse à AFP Zaher Ahmad Babar, porta-voz do serviço meteorológico do Paquistão. 

"Estes padrões irregulares de precipitação são uma consequência direta da mudança climática", acrescentou. 

O Paquistão, o quinto país mais populoso do mundo – com 240 milhões de habitantes – está entre os mais ameaçados pela mudança climática.

É cada vez mais vulnerável a fenômenos meteorológicos extremos. As monções, que geralmente chegam no início de julho, são geralmente destrutivas.

O número mais elevado, com 83 mortes – incluindo 38 crianças – foi registrado na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país, onde 3.500 casas foram danificadas. 

Em abril, 21 pessoas morreram no Punjab, segundo as autoridades provinciais, incluindo agricultores atingidos por um raio durante a colheita de trigo. 

No Baluchistão, no sudoeste, pelo menos 21 pessoas morreram – sete delas atingidas por um raio – e as escolas tiveram que fechar temporariamente. 

Por fim, 14 pessoas morreram na Caxemira paquistanesa (norte) e pelo menos quatro morreram em acidentes de trânsito causados por estradas inundadas na província de Sindh (sul).

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