O maior hospital do Quênia anunciou nesta terça-feira (2) que se prepara para enviar a valas comuns mais de 500 corpos, em sua maioria de crianças, que não foram reivindicados.
As famílias têm até sete dias para identificar e recuperar os 541 corpos no necrotério do Hospital Nacional Kenyatta, afirmou em seu site.
"Se não foram reivindicados, o hospital pedirá autorização aos tribunais" para se desfazer desses corpos, acrescentou.
Mais de três quartos dos corpos são de crianças que morreram desde meados do ano passado.
Embora a maioria dos nomes e idades dos mortos tenham sido divulgados, as identidades de mais de dez adultos permanecem desconhecidas.
Segundo as leis de saúde pública quenianas, um corpo não pode ser mantido em um necrotério público por mais de dez dias antes do enterro.
É prevista uma multa por dias adicionais além do prazo. Quem não cumprir poderá ser condenado a até seis meses de prisão.
Os casos de corpos não reivindicados não são excepcionais neste país do leste da África, onde, segundo as autoridades, as pessoas não se informam sobre a morte de seus familiares ou os abandonam para não pagar os altos custos da hospitalização ou do necrotério.
Os corpos não reivindicados após o período são enterrados em valas comuns.
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