O líder da oposição israelense, Yair Lapid, viajou neste sábado (6) a Washington para se reunir com autoridades americanas, em um momento de tensões crescentes entre ambos os governos sobre a forma como Israel conduz a sua guerra contra o Hamas em Gaza.
Lapid planeja se reunir com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e outros altos funcionários, informou seu partido, o centrista Yesh Atid (Há um Futuro).
A viagem ocorre em um momento em que a relação de Israel com os Estados Unidos está tensa devido ao conflito na Faixa de Gaza, onde Israel lançou uma ofensiva contra o movimento palestino Hamas, na sequência do ataque de 7 de outubro realizado por combatentes islamistas em território israelense.
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, mantiveram o apoio durante os seis meses de conflito, que já deixou 33.137 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas desde 2007.
A morte de civis e a fome enfrentada pelos habitantes do território sitiado geraram pressão internacional sobre o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
A morte de sete trabalhadores humanitários em um bombardeio no início desta semana também alimentou atritos com os Estados Unidos.
Biden conversou com Netanyahu na terça-feira e pediu um "cessar-fogo imediato", depois de chamar o ataque aos voluntários de "inaceitável".
Além disso, Biden alertou o premiê israelense de que o apoio dos EUA dependerá das medidas que tomar para proteger os civis palestinos.
Antes das mortes dos trabalhadores humanitários, os Estados Unidos tinham manifestado preocupações sobre o plano anunciado por Netanyahu de lançar uma ofensiva terrestre contra Rafah, uma cidade no sul de Gaza onde cerca de 1,5 milhão de civis estão amontoados, muitos deles deslocados pelos combates.
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