O Reino Unido está "chocado com o banho de sangue" em Gaza, declarou neste sábado (6) o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que pediu o fim da "terrível guerra" após seis meses de conflito entre Israel e o Hamas.

"Se passaram seis meses desde o ataque terrorista de 7 de outubro, o ataque mais atroz da história de Israel", declarou Sunak em um comunicado.

"Nós continuamos a defender o direito de Israel de derrotar a ameaça dos terroristas do Hamas e de defender sua segurança", declarou Sunak.

"Mas todo o Reino Unido está chocado com o banho de sangue e consternado com o massacre dos bravos heróis britânicos que estavam levando alimentos aos necessitados", acrescentou.

Sete trabalhadores humanitários, incluindo três britânicos, morreram na segunda-feira em Gaza em um bombardeio israelense depois de supervisionarem a descarga de um navio que transportava ajuda alimentar.

"Essa terrível guerra deve cessar. Os reféns devem ser libertados. A ajuda [...] deve fluir", continuou o primeiro-ministro.

"As crianças de Gaza precisam de uma pausa humanitária imediata, que leve a um cessar-fogo sustentável a longo prazo", insistiu, considerando que essa é "a maneira mais rápida de liberar os reféns e fazer chegar a ajuda".

Comandos do movimento islamista palestino Hamas, que governa Gaza, se infiltraram no sul de Israel em 7 de outubro, onde mataram 1.170 pessoas, a maioria civis, de acordo com um levantamento da AFP com base em dados oficiais israelenses.

Eles também capturaram mais de 250 pessoas, das quais 129 permanecem detidas em Gaza, incluindo 30 que teriam falecido, de acordo com o Exército israelense.

A ofensiva aérea e terrestre lançada por Israel em retaliação já deixou mais de 33 mil mortos, na maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza.

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