O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou nesta segunda-feira (8) que agora é o momento certo para chegar a um acordo com o movimento palestino Hamas sobre os reféns mantidos em cativeiro em Gaza.
Em um momento em que os mediadores internacionais do Egito, Estados Unidos e Catar trabalham no Cairo para uma trégua entre Israel e o Hamas em Gaza, Gallant disse aos recrutas do Exército que acredita que é "o momento oportuno" para chegar a um acordo com os islamistas palestinos depois de mais de seis meses de guerra.
"A pressão implacável exercida contra o Hamas e a posição de força que alcançamos nesta campanha nos permitem flexibilidade e liberdade de ação", disse ele, segundo um comunicado.
"Decisões difíceis terão que ser tomadas e estaremos dispostos a pagar o preço para trazer os reféns de volta e depois voltar ao combate", acrescentou o ministro.
Mais de 250 reféns israelenses foram capturados pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro e 129 permanecem cativos em Gaza, dos quais 34 teriam morrido, segundo as autoridades de Israel.
As famílias dos reféns aumentam a pressão sobre o governo israelense para que devolva os seus entes queridos.
Gallant declarou no domingo que as tropas israelenses se retiraram de Khan Yunis, em Gaza, para "se preparar" para suas próximas missões, incluindo uma operação em Rafah, cidade no sul onde 1,5 milhão de palestinos sobrevivem em condições de superlotação.
A guerra começou em 7 de outubro, quando comandos do Hamas infiltrados a partir da Faixa de Gaza realizaram um ataque sem precedentes no sul de Israel, causando a morte de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço preparado pela AFP com base em dados oficiais israelenses.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva que deixou 33.207 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde deste território palestino, governado pelo Hamas desde 2007.
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