O Conselho de Segurança da ONU vai se pronunciar no fim do mês sobre o pedido de adesão plena dos palestinos à organização, um processo histórico, ao qual Israel se opõe, informou a embaixadora de Malta, Vanessa Frazier, que ocupa a presidência rotativa do órgão.
Em setembro de 2011, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, deu início aos trâmites, não concluídos. Em novembro de 2012, os palestinos alcançaram o status de "Estado observador não membro” da ONU.
Na semana passada, os palestinos refizeram o pedido ao Conselho de Segurança, que iniciou nesta segunda-feira (8) o processo de avaliação. “É um momento histórico”, ressaltou o embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, apesar de a adesão ser improvável.
Para o pedido ser aprovado, é necessária uma recomendação positiva do Conselho de Segurança, com pelo menos nove votos a favor e sem o veto de nenhum membro permanente. Em seguida, é necessário o voto a favor de dois terços da Assembleia Geral.
Analistas não acreditam que a iniciativa vá superar a etapa do Conselho de Segurança, instância na qual os Estados Unidos já se opuseram em 2011. “Nossa posição não mudou", ressaltou hoje o vice-embaixador americano, Robert Wood, insistindo em que o reconhecimento de um Estado palestino têm que ser feito no âmbito de um acordo com Israel.
O embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, criticou o pedido palestino e disse que sua simples avaliação "já representa uma vitória" para aqueles que cometeram e apoiaram os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro.
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