SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os Estados Unidos e a União Europeia condenaram o ataque aéreo do Irã contra Israel neste sábado (13). O governo do presidente Joe Biden emitiu um comunicado em que afirma que o apoio dos EUA ao país aliado continua "inabalável".

 

O democrata se reúne com conselheiros de segurança para discutir a crise no Oriente Médio na Casa Branca. "O presidente Biden foi claro: nosso apoio à segurança de Israel é inabalável. Os Estados Unidos estarão ao lado do povo de Israel e apoiarão sua defesa contra essas ameaças do Irã", diz a nota da Casa Branca.

 

A União Europeia (UE) também reagiu e condenou a ofensiva. "A UE condena firmemente o inaceitável ataque iraniano contra Israel. Trata-se de uma escalada sem precedentes e de uma grave ameaça para a segurança regional", escreveu o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell, na rede social x (antigo Twitter).

 

O Itamaraty afirma, em nota, que acompanha os desdobramentos na região.

 

Os governos do Reino Unido e da França também se pronunciaram.

 

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou que o Irã está semeando "o caos em seu próprio quintal". "Condeno nos termos mais fortes o ataque imprudente do regime iraniano contra Israel. Estes ataques arriscam inflamar as tensões e desestabilizar a região", afirmou.

 

Já a ministra de Relações Exteriores da França, Stéphane Séjourné, disse que Teerã "ultrapassa um novo limite" com a ofensiva.

 

"Ao decidir por uma ação sem precedentes, o Irã ultrapassa um novo limite em suas ações de desestabilização e corre o risco de uma escalada militar", escreveu a ministra na rede X.

 

Já presidente da Argentina, Javier Milei, que está nos Estados Unidos, antecipou seu retorno ao país após a ofensiva. Ele cancelou uma viagem planejada à Dinamarca e deve embarcar em um voo para Buenos Aires na manhã de domingo (14).

 

O Irã lançou dezenas de drones em direção a Israel, de acordo com as forças de segurança de Tel Aviv. Segundo os militares israelenses, as aeronaves não tripuladas identificadas demoram horas para chegar a território israelense e são defensáveis.

 

Este é o primeiro ato de agressão do Irã ao território de Israel desde o início do conflito entre Tel Aviv e Hamas, grupo aliado de Teerã, na Faixa de Gaza, e a concretização das ameaças de retaliação ao ataque, atribuído a Israel, à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, que matou membros da Guarda Revolucionária do Irã, no último dia 1º.

 

Na TV estatal iraniana, a Guarda Revolucionária confirmou os ataques e afirma que a operação é retaliação pelo ataque à embaixada em Damasco e o que chamou de crimes de Israel.

 

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, convocou reunião do gabinete de guerra em Tel Aviv.

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