Um grupo de piratas somalis liberou um navio mercante com bandeira de Bangladesh e seus 23 tripulantes neste domingo (14), depois que os proprietários do navio pagaram um resgate, disse a empresa de navegação.
O MV Abdullah, que transportava 55 mil toneladas de carvão de Moçambique para os Emirados Árabes Unidos, foi abordado há um mês por várias dezenas de piratas a cerca de 1.000 quilômetros da costa da Somália.
O sequestro ocorreu em um momento de redução da pressão internacional contra a pirataria no oceano Índico, já que muitos dos navios de guerra que guardavam a área foram transferidos para o mar Vermelho para lidar com os ataques dos rebeldes huthis do Iêmen contra navios comerciais.
"Chegamos a um acordo com os piratas", disse à AFP Mizanul Islam, da empresa SR Shipping, propriedade do grupo de Bangladesh KSRM.
"Não posso contar mais sobre o dinheiro", mas "toda a tripulação está sã e salva", acrescentou.
Fahmida Akter Anny, esposa do capitão do navio, Mohammed Abdur Rashid, afirmou que o seu marido lhe contou que um avião soltou três sacos cheios de dólares destinados a piratas.
"Depois de receber o dinheiro, eles libertaram toda a tripulação", disse. "Meu marido estava feliz".
O MV Abdullah dirige-se para Dubai neste domingo, de acordo com um porta-voz do KSRM.
Em março, a Marinha indiana recuperou o navio maltês MV Ruen, sequestrado desde dezembro de 2023 por piratas somalis.
A pirataria nestas águas atingiu o seu auge em 2011, com ataques realizados a mais de 3.600 quilômetros da costa, em pleno oceano Índico.
No entanto, diminuiu drasticamente nos últimos anos graças aos navios de guerra destacados por vários países e aos guardas armados contratados pelas empresas marítimas nos navios.
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