As autoridades militares de Mianmar condenaram, nesta segunda-feira (15), o lançamento de foguetes por combatentes opositores à junta governante, que deixou pelo menos quatro mortos e 12 feridos. 

Combatentes das Forças de Defesa do Povo dispararam onze foguetes "aleatoriamente" no domingo, atingindo um hospital, um hotel e um mosteiro no centro de Pyin Oo Lwin, perto de Mandalay, a segunda maior cidade do país, informou a junta militar. 

Dois monges morreram no ataque e o porta-voz da junta, general Zaw Min Tun, confirmou que três cadetes da academia dos serviços de defesa ficaram feridos. 

Um porta-voz do grupo de combatentes locais assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas garantiu que este tinha como alvo apenas a academia militar.

Os Combatentes das Forças de Defesa do Povo são grupos armados constituídos por civis pró-democracia, considerados "terroristas" pelas autoridades. 

A junta admitiu na sexta-feira que estava em dificuldades, com a retirada das tropas de posições-chave como Myawaddy, na fronteira com a Tailândia. 

As autoridades tailandesas anunciaram que se preparam para receber até 100 mil birmaneses. 

A Tailândia tem uma fronteira de 2.400 quilômetros com Mianmar, onde um golpe militar de 2021 contra o governo democraticamente eleito de Aung San Suu Kyi reacendeu o conflito com as minorias étnicas.

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