Os novos planos de ajuda dos Estados Unidos para Ucrânia e Israel, anunciados na segunda-feira pelo líder republicano da Câmara dos Representantes, serão úteis para ambos os países, reagiu, cautelosa, a Casa Branca nesta terça (16).
"À primeira vista, parece que a proposta do presidente da Câmara dos Representantes nos ajudará efetivamente a fornecer assistência à Ucrânia e a Israel", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.
No entanto, "mais alguns detalhes" serão necessários antes que o presidente Joe Biden tome uma posição a favor ou contra esse pacote, acrescentou o porta-voz à imprensa, no avião presidencial, a caminho de uma viagem de campanha à Pensilvânia.
O presidente republicano da Câmara, Mike Johnson, anunciou na segunda que submeteria à votação durante a semana quatro projetos de lei diferentes: um para ajudar a Ucrânia, outro para Israel, um terceiro para "fortalecer nossos aliados no Indo-Pacífico" e um último para "aprovar medidas adicionais para combater nossos adversários".
O Senado, de maioria democrata, aprovou em fevereiro um pacote de ajuda militar e econômica para a Ucrânia no valor de 60 bilhões de dólares (cerca de 316 bilhões de reais). Mas os republicanos da Câmara se recusaram a considerar o texto, em parte devido a uma disputa sobre imigração.
O novo pacote, se adotado pela Câmara, de maioria republicana, será estudado pelo Senado, antes de, por fim, chegar ao gabinete de Biden para promulgação.
O presidente democrata se comunicou na segunda-feira com Johnson e insistiu na "necessidade de avançar esta semana na Câmara" com esse assunto, declarou Kirby.
A Ucrânia precisa desesperadamente de munição em sua guerra com a Rússia, e os fundos americanos se esgotaram. Israel, por sua vez, enfrentou no sábado um ataque direto sem precedentes por parte do Irã, em um contexto de crescentes tensões regionais.
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