A reitora da Universidade de Columbia, em Nova York, defendeu, nesta quarta-feira (18), a luta contra o antissemitismo em seu campus, que, como muitos outros nos Estados Unidos, tem se polarizado diante da guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas em Gaza.

Desde o início deste conflito em 7 de outubro, os republicanos têm acusado as lideranças de prestigiosas universidades americanas de não fazerem o suficiente para combater o antissemitismo, devido às manifestações de estudantes pró-palestinos.

A polêmica levou à renúncia da reitora da Universidade da Pensilvânia, Elizabeth Magill, em dezembro, e de sua colega em Harvard, Claudine Gay, em janeiro, após uma audiência polêmica no Congresso.

Nesta quarta-feira, os deputados republicanos retomaram as acusações, dessa vez direcionadas às autoridades da Columbia, renomada universidade onde houve manifestações contra a guerra em Gaza, que enfrenta uma grande crise humanitária.

Columbia é "um berço para o antissemitismo e o ódio", atacou nesta quarta-feira a republicana Virginia Foxx, presidente da Comissão de Educação, que iniciou a audiência parlamentar. "O antissemitismo não deve encontrar refúgio nas universidades americanas", acrescentou.

"O antissemitismo não tem lugar em nosso campus, e me comprometo pessoalmente a fazer todo o possível para combatê-lo", respondeu Nemat Shafik, reitora da universidade. "Columbia se esforça para ser um lugar livre de ódio e discriminação em todas as suas formas, e condenamos o antissemitismo que se tornou tão onipresente", acrescentou.

Dos 37 mil estudantes, apenas 15 foram suspensos, enquanto vários professores estão sujeitos a procedimentos disciplinares, disse Shafik. "Números muito pequenos", esclareceu.

No entanto, os debates que abalam o mundo acadêmico americano não diminuíram: na segunda-feira, o discurso de formatura de uma estudante muçulmana que havia sido eleita a melhor de sua turma foi cancelado pela Universidade do Sul da Califórnia (USC), que alegou razões de "segurança".

As acusações de antissemitismo por parte dos republicanos ganham força no contexto de uma tensa campanha presidencial: o presidente Joe Biden está preso entre seu apoio "inabalável" a Israel e o respaldo de uma parte do eleitorado democrata à causa palestina.

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