O preço do barril de Brent do Mar do Norte teve seu quarto dia de queda consecutivo nesta quinta-feira (18), com menos notícias do que o habitual no Oriente Médio e uma possível intervenção do governo americano para conter os preços do petróleo.

O Brent para entrega em junho caiu 0,20% para 87,11 dólares, um mínimo em três semanas. Já o barril de West Texas Intermediate (WTI) para maio fechou estável (+0,04%) em 82,73 dólares.

"Os operadores estão reduzindo o prêmio de risco geopolítico, já que parece que não haverá um novo ataque direto entre Teerã e Tel Aviv a curto prazo", observou em uma nota de análise José Torres, da Interactive Brokers.

Israel ainda não respondeu ao ataque aéreo do Irã no sábado. Estados Unidos e Reino Unido reforçaram nesta quinta-feira suas sanções contra a república islâmica, especialmente contra o programa de produção de drones de Teerã.

O Irã continua a vender petróleo, uma média de 1,56 milhão de barris diários para clientes estrangeiros nos primeiros três meses do ano. Isso representa o máximo em seis anos, de acordo com dados da firma especializada Vortexa.

Para Phil Flynn, os preços foram pressionados para baixo pela possibilidade de vendas de petróleo das reservas estratégicas dos Estados Unidos (SPR).

"Algumas coisas foram feitas no passado" para aliviar os preços, "e acompanharemos de perto [a evolução do mercado] para garantir que os preços da gasolina possam ser enfrentados", advertiu nesta quinta Lael Brainard, principal conselheira econômica de Joe Biden.

Na terça-feira, outro assessor de Biden, John Podesta, fez declarações ainda mais claras. "O presidente deixou claro. Ele quer manter o preço da gasolina em um nível razoável e fará o que for necessário para isso", disse.

Entre setembro de 2021 e julho de 2023, os Estados Unidos usaram 274 milhões de barris de suas reservas estratégicas, 44% do total.

Em junho do ano passado, o governo americano começou a comprar petróleo para reconstituir esses estoques.

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