Os ministros das Relações Exteriores e da Defesa da União Europeia (UE) garantiram, nesta segunda-feira (22), que manterão a ajuda à Ucrânia, além do pacote de ajuda aprovado pelos Estados Unidos no fim de semana de quase 61 bilhões de dólares (cerca de 320 bilhões de reais).

"Não é apenas um momento positivo e importante para a Ucrânia, mas também para garantir a paz na Europa", afirmou a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, ao chegar à reunião em Luxemburgo. 

A responsável alemã anunciou que na reunião os ministros discutiriam "como aumentar a nossa ajuda à Ucrânia, particularmente no que diz respeito à defesa antiaérea". 

A ministra da Defesa dos Países Baixos, Kajsa Ollongren, disse que "é preciso agir, mas às vezes é preciso discutir antes de agir, e é isso que faremos hoje".

Kiev admite que se encontra em um momento crítico na sua defesa contra a invasão da Rússia, porque não dispõe de meios de defesa antiaérea. 

Por este motivo, tem pressionado os países ocidentais para que transfiram sofisticadas defesas antiaéreas Patriot de fabricação americana ou equipamento equivalente. 

Na UE, Alemanha, Polônia, Grécia, Espanha, Romênia e Países Baixos possuem baterias Patriot. Por enquanto, apenas Berlim se comprometeu a transferir uma destas unidades para a Ucrânia.

Ao chegar à reunião ministerial desta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, evitou responder a perguntas insistentes sobre se o seu país entregaria uma das suas unidades Patriot à Ucrânia. 

"Estamos muito cientes desta necessidade de defesa antiaérea, e especialmente do Patriot, por parte da Ucrânia. A Espanha sempre fez tudo o que pôde e o que estava ao seu alcance", disse o responsável. 

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, sublinhou na sexta-feira a urgência de dotar Kiev de capacidades antiaéreas.

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