Um total de 133 pessoas foram detidas na segunda-feira à noite após uma manifestação estudantil pró-Palestina na Universidade de Nova York (NYU), confirmou a polícia nesta terça-feira (23) à AFP.

Os detidos foram liberados, afirmou o porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York. 

Quatro deles terão que comparecer perante um juiz, segundo a polícia. 

Kaz Daughtry, comandante das forças de segurança, publicou na rede X a carta da universidade pedindo a intervenção da polícia para "retirar os manifestantes". 

"Se eles se recusarem a sair, pedimos ao Departamento de Polícia de Nova York que tome medidas coercitivas que podem incluir prisões", segundo a carta. 

O conflito de Gaza mais uma vez gerou manifestações em vários campi americanos nos últimos dias, onde estudantes exigiram o fim da guerra de Israel em Gaza, território palestino atolado em um desastre humanitário. 

Mais de 100 estudantes foram detidos na semana passada na Universidade Columbia, em Nova York, depois que o reitor pediu intervenção policial. 

Vários políticos, incluindo congressistas, acusaram os manifestantes de alimentar o antissemitismo, cujo debate chegou à Casa Branca.

"Nos últimos dias, testemunhamos assédio e apelos à violência contra os judeus", afirmou o presidente Joe Biden em um comunicado no domingo, na véspera da Páscoa judaica. 

Biden condenou "o antissemitismo flagrante, repreensível e perigoso, que não tem absolutamente nenhum lugar nos campi universitários ou em qualquer lugar do nosso país".

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