Um grupo de eurodeputados pediu, nesta quinta-feira (25), à Comissão Europeia que promova um pacto birregional entre a UE e os países da América Latina e Caribe para garantir cuidados a pessoas com algum nível de dependência. 

A iniciativa, apontaram os legisladores, "seria um importante passo adiante na promoção dos valores da democracia, dos direitos e da coesão social entre a União Europeia e a América Latina e Caribe". 

O pacto proposto poderia unificar os setores público e privado, além da sociedade civil, reforçaram.

Na sua carta, enviada à comissária europeia para as Associações Internacionais, Jutta Urpilainen, legisladores de vários grupos políticos recordaram que a UE já lançou a sua Estratégia Europeia de Cuidados em 2022. 

A ideia de um pacto birregional sobre cuidados já havia sido discutida e apoiada na última sessão plenária da Assembleia Parlamentar Europeia - América Latina (EuroLat), em julho do ano passado. 

A Estratégia Europeia contempla medidas para melhorar o atendimento prestado às pessoas que necessitam de cuidados, inclusive de longa duração.

O processo natural de envelhecimento da população, as tendências demográficas e epidemiológicas e os efeitos da mudança climática são alguns dos fatores apontados pela alta demanda de cuidados. 

Um estudo da Comissão Europeia (o braço Executivo da UE) mostrou que, em 2019, os países da UE atribuíram uma média de 1,7% do PIB ao gasto público com cuidados de longa duração. 

Neste contexto, as despesas assistenciais variaram entre um máximo de 3% e um mínimo inferior a 1%.

No entanto, a Comissão considerou que a média de 1,7% era baixa "em comparação com o valor das horas de cuidados de longa duração prestados por cuidadores não profissionais (que são estimados em cerca de 2,5% do PIB da UE)".

Em março deste ano, Urpilainen havia anunciado o lançamento de uma iniciativa da UE para promover Sociedades Inclusivas e Igualitárias na América Latina e Caribe.

Esta iniciativa, disse então Urpilainen, poderia mobilizar até 1 bilhão de euros (cerca de 1,07 bilhão de dólares ou 5,51 bilhões de reais), com uma contribuição direta da UE de cerca de 268 milhões de euros (quase 290 milhões de dólares ou 1,4 bilhão de reais).

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