O grupo de tecnologia americano Microsoft apresentou resultados melhores do que o esperado nos primeiros três meses do ano, inclusive em seu negócio-chave de computação em nuvem, impulsionado pela inteligência artificial (IA).
O lucro líquido aumentou 20%, para US$ 21,9 bilhões (R$ 113,16 bilhões), e ficou em US$ 2,94 por ação, um indicador de referência em Wall Street, acima dos US$ 2,82 esperados em média pelos analistas.
A empresa sediada em Redmond, Washington, se beneficiou do dinamismo da nuvem, que está no foco dos investidores preocupados com uma possível desaceleração, enquanto a Meta publicou na quarta-feira previsões consideradas decepcionantes para o trimestre atual.
A divisão Intelligent Cloud (Nuvem Inteligente), que inclui centros de dados, servidores e programas de computador utilizáveis remotamente, registrou um aumento de vendas de 26%, o ritmo mais rápido em dois anos.
Esta divisão representa agora cerca de 43% da receita da Microsoft, e a empresa está cada vez mais distante de seu modelo histórico, baseado apenas no sistema operacional Windows e seu pacote de softwares.
"O caminho para a monetização da IA é mais claro para a Microsoft", em comparação com seus grandes rivais Alphabet, Meta ou Amazon, reagiu Sophie Lund-Yates, da Hargreaves Lansdown, em uma nota.
A Microsoft capitalizou seu investimento na OpenAI, cuja interface de IA generativa ChatGPT assombrou o mundo da computação no final de 2022.
Também gerou crescimento em suas outras duas grandes divisões, serviços profissionais (+12%) e computação pessoal (+17%), que inclui Windows, dispositivos e o console Xbox.
No total, as vendas totalizaram US$ 61,9 bilhões (R$ 319,8 bilhões), um aumento de 17% em relação ao ano anterior.
Nas operações eletrônicas após o fechamento do mercado, as ações da Microsoft subiram quase 5%.
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