Uma imagem captada pela sonda ExoMars Trace Gas Orbiter, da ESA, Agência Espacial Europeia em português, revelou formações na superfície do planeta vermelho, Marte, que se parecem muito com um grupo de aranhas.

 

Essas estruturas foram localizadas em uma Região no Polo Sul do planeta, chamada de “Cidade Inca”, descoberta em 1972 ela deve seu nome a cordilheiras lineares. Em razão da mudança das estações marcianas, de inverno para primavera, as formações exalam gás carbônico liberado do gelo e formam canais de 45 metros a um quilômetro de diâmetro.

 



 

O caso é um exemplo clássico de pareidolia, um evento quando nossas mentes nos enganam e nos fazem ver coisas que não existem. Isso acontece ao detectarmos rapidamente padrões familiares, como as “aranhas marcianas”, embora sejam erupções de dióxido de carbono.

 

"Essas pequenas rachaduras se formam quando a luz do sol primaveril recai sobre a cobertura de dióxido de carbono depositada durante os meses escuros de inverno", explicou a ESA.

 

 

O gás, carregado de um pó escuro, é lançado em altas colunas através das fendas no gelo, formando gêiseres e se depositando sobre a superfície, o que cria as manchas escuras observadas nas imagens. Esses processos formam padrões sob o gelo que, vistos de cima, lembram aranhas.

 

 

"A luz solar transforma em gás o gelo de dióxido de carbono que está na base dessa cobertura, o que faz com que se acumule e rompa as placas de gelo superiores. O gás se libera na primavera marciana, arrastando matéria de coloração escura para a superfície e rompendo as camadas de gelo de até um metro de espessura", diz a Agência. 

 

 

Marte já foi palco de diversas pareidolias, como a famosa "cara de urso", uma "porta alienígena" captada pelo rover Curiosity e uma rocha em forma de gato registrada pelo robô Perseverance. Na Lua, o rover chinês Yutu 2 encontrou uma "cabana misteriosa" que, na verdade, era apenas uma rocha de formato peculiar.

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