A rede de fast-food McDonald's indicou, nesta terça-feira (30), que seus resultados seguiram sendo prejudicados no primeiro trimestre por causa do conflito em Gaza, após pedidos de boicote contra a empresa. 

"O faturamento e os resultados do grupo continuaram impactados negativamente pela guerra no Oriente Médio", indicou a gigante em um comunicado. "Não prevemos uma melhora significativa (...) até que a guerra termine", indicaram os diretores da empresa em uma áudioconferência com analistas. 

O McDonald's foi alvo de críticas depois que sua franquia em Israel decidiu oferecer, em novembro, comida de graça ao Exército israelense.

A empresa anunciou em 4 de abril um acordo para comprar o grupo Alonyal, proprietário de 225 restaurantes em regime de franquia em Israel. Esse grupo administrava os restaurantes da rede há mais de 30 anos. 

A rede indicou que o efeito do boicote também é sentido em países majoritariamente muçulmanos como Malásia e Indonésia, ou com grande população muçulmana como a França. 

Cerca de 95% dos mais de 42.000 restaurantes localizados em 115 países são franquias que pagam royalties ao grupo após comprar a licença da marca. 

O grupo forneceu assistência "insignificante" na forma de abatimentos de royalties ou pagamentos diferidos a algumas franquias. Essa despesa foi mais do que compensada pelo aumento das vendas no Japão, na América Latina e na Europa.

A receita do grupo cresceu 5% no primeiro trimestre, chegando a US$ 6,17 bilhões (31 bilhões de reais), e o lucro líquido aumentou 9%, chegando a US$ 1,93 bilhão (9,8 bilhões de reais). O lucro por ação foi de US$ 2,70, 2% maior do que no mesmo período do ano passado, em linha com os US$ 2,72 esperados pelos analistas. 

Em 2024, o grupo investirá entre 2,5 e 2,7 bilhões de dólares (entre 12,7 e 13,8 bilhões de reais), metade disso para abrir novos restaurantes, mais de 2.100 locais no total, dos quais 1.600 fora dos Estados Unidos.

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