Pelo menos 26 migrantes que deixaram a Guiné com destino à Europa morreram quando o barco em que estavam virou na costa do Senegal, informou nesta sexta-feira (10) o primeiro-ministro guineense, lamentando uma “hemorragia” migratória que atinge o país da África Ocidental. 

A tragédia ocorreu no início do mês e se espalhou pelas redes sociais, sem balanço oficial de vítimas. 

“Registramos oficialmente 26 mortes até agora”, disse o chefe do Governo, Amadou Oury Bah, especificando que a maioria saiu de Matam, uma das comunas que compõem a cidade de Conacri, capital guineense. 

Familiares dos náufragos afirmaram nos últimos dias a um correspondente da AFP que o grupo partiu no final de abril e que o acidente ocorreu no início de maio. 

Bah destacou a magnitude do êxodo, especialmente dos jovens, e as dificuldades e perigos a que estão expostos durante a viagem para tentar chegar à Europa ou aos Estados Unidos. 

“Temos atualmente 3.000 jovens à espera de serem repatriados do Níger, 1.200 da Argélia, 400 do (...) Egito, milhares que estão em campos [de migrantes] na Itália, sem contar os que estão nos Estados Unidos, cujo número não sei”, disse ele. 

“É uma verdadeira hemorragia” para o nosso país, acrescentou. 

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