As autoridades canadenses prenderam e acusaram um quarto cidadão indiano, no sábado (11), pelo assassinato do líder separatista sikh Hardeep Singh Nijjar no ano passado em Vancouver.

Amandeep Singh, de 22 anos, já estava sob custódia por denúncias não relacionadas com armas de fogo antes de ser acusado de "assassinato em primeiro grau e conspiração para cometer assassinato" em relação à morte de Nijjar, de acordo com um comunicado da polícia. 

Outros três outros indianos foram presos no início do mês.

O assassinato, em junho passado, desencadeou uma crise diplomática entre a Índia e o Canadá, cujo primeiro-ministro, Justin Trudeau, acusou diretamente os serviços de inteligência indianos do crime.

Nijjar, que emigrou para o Canadá em 1997 e se tornou cidadão canadense em 2015, defendia a criação de um estado Sikh, conhecido como Khalistan. O líder separatista era procurado pelas autoridades indianas por supostos atos de terrorismo e conspiração para cometer assassinatos.

Ele foi morto a tiros em 18 de junho de 2023 por homens mascarados no estacionamento do templo Sikh que administrava no subúrbio de Vancouver. 

Meses depois, Trudeau anunciou que o Canadá tinha "acusações credíveis" que ligavam os serviços de inteligência indianos ao assassinato.

A Índia, por sua vez, descreveu as mesmas como "absurdas" e respondeu restringindo brevemente os vistos para cidadãos do Canadá e obrigando Ottawa a retirar seus diplomatas.

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