A Procuradoria norueguesa solicitou nesta terça-feira (14) a pena máxima, 30 anos de prisão prorrogáveis indefinidamente, contra o autor do ataque mortal que enlutou a Parada do Orgulho em Oslo em 2022.
Zaniar Matapur, 44 anos, nascido na Noruega e de origem iraniana, é julgado por um tribunal de Oslo desde meados de março por "ato terrorista qualificado".
Na noite de 25 de junho de 2022, data em que seria realizada a Parada do Orgulho LGBTQIA+, ele abriu fogo contra dois bares da capital norueguesa, incluindo o London Pub, muito frequentado por esta comunidade, deixando dois mortos e nove feridos.
"Não há razão para que a pena máxima não possa ser aplicada em um caso como este", disse a promotora Aud Kinsarvik Gravås em sua acusação.
"Ele não demonstra nenhum remorso ou reflexão. Nenhuma mudança foi observada nele durante dois anos", destacou.
Dominado por pedestres logo após o tiroteio, Matapur – que jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico – nunca comentou seus motivos e se declarou inocente.
Sua saúde mental dividiu os psiquiatras que estudaram o caso, mas a acusação considerou que ele era penalmente imputável no momento dos fatos e que atacou deliberadamente a comunidade homossexual.
A pena que seria imposta, com o mínimo de 20 anos, permitiria que ele ficasse detido enquanto fosse considerado perigoso para a sociedade.
O suposto mentor do ataque, Arfan Bhatti, de 46 anos, um conhecido islamista na Noruega, foi extraditado em 3 de maio para o Paquistão, onde se estabeleceu antes do ataque. Ele será julgado em outra data.
A última parte do julgamento, que durará até quinta-feira, será dedicada às alegações finais da defesa, uma vez que a decisão é esperada dentro de várias semanas.
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