Um preso fugiu após um ataque a um furgão-cela na França, em que morreram pelo menos dois agentes, indicaram as autoridades, que prometeram uma resposta dura.
O ataque, com a investida de um veículo e tiros, segundo fontes policiais, ocorreu por volta das 11 da manhã (6h em Brasília) em um pedágio de Incarville, na região de Eure, no noroeste da França.
"Um comboio penitenciário foi atacado", escreveu no X o ministro da Justiça, Eric Dupond-Moretti.
"Dois de nossos agentes penitenciários morreram, três estão feridos gravemente", acrescentou o ministro, que prometeu fazer de "tudo" para "encontrar os autores" do ataque.
Uma fonte das forças de segurança indicou que o balanço do ataque, ocorrido entre as cidades de Rouen e Évreux, era de dois mortos e três feridos graves, entre eles um em extrema gravidade.
Uma fonte policial local relatou, por sua vez, três agentes mortos.
O preso, que segundo fontes da investigação nasceu em 1994, estava sendo transportado entre as cidades de Évreux e Rouen, na Normandia, e conseguiu fugir.
- Ataque com armas pesadas -
"Para realizar essa fuga, seus cúmplices não hesitaram em disparar contra as escoltas com armas pesadas", detalhou o ministro da Justiça.
O presidente Emmanuel Macron disse estar "comovido" pelo ataque, em uma mensagem no X, e afirmou que as autoridades serão "inflexíveis" na hora de buscar os responsáveis.
De acordo com outra fonte policial, o ataque foi perpetrado por um comando de indivíduos usando dois veículos. Um desses veículos foi encontrado “carbonizado” após a fuga.
O ministro do Interior, Gérald Darmanin, disse que havia dado instruções para mobilizar “centenas de policiais e gendarmes” para localizar os autores do ataque.
A gendarmaria disse que sua unidade de elite, a GIGN, estava indo ao local para procurar o prisioneiro fugitivo e seus cúmplices.
O ministro da Justiça afirmou que é a primeira vez, desde 1992, que um agente penitenciário é assassinado durante o exercício de suas funções.
Após o ataque ao furgão-cela, uma investigação foi aberta nesta terça-feira por "homicídio e tentativa de homicídio em associação criminosa (que pode ser punido com prisão perpétua), fuga e associação criminosa, aquisição e porte de arma de guerra".
O comboio penitenciário não tinha escolta da polícia nem da gendarmaria, segundo uma fonte próxima ao caso.
A fonte explicou que um comboio de escolta não é usado "de maneira sistemática" nesses casos, só sendo enviado a pedido da administração penitenciária.
As escoltas são reservadas a presos muito vigiados. E não era o caso do que fugiu.
O fugitivo, Mohamed Amra, nasceu "em março de 1994".
Ele foi condenado em 10 de maio de 2024 por "roubo" por um tribunal de Évreux e era investigado por uma jurisdição de Marselha (sul) por "sequestro que levou à morte", disse a procuradora de Paris em um comunicado.
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