O Exército ucraniano anunciou na madrugada desta quarta-feira (15) que se retirou de algumas áreas da frente de batalha norte, na região de Kharkiv, onde a Rússia iniciou uma nova ofensiva em 10 de maio.
"Em algumas áreas, perto de Lukyantsi e Vovchansk, em resposta ao fogo inimigo e a um ataque de infantaria, nossas unidades manobraram na direção de posições mais favoráveis para salvar as vidas dos nossos soldados e evitar perdas. A batalha continua", afirmou o Estado-Maior nas redes sociais.
O Exército destacou que, apesar das dificuldades, não cedeu diante da ofensiva russa, que surpreendeu as forças ucranianas no fim de semana passado. Várias localidades foram tomadas pelas tropas russas e as cidades de Lukyantsi e Vovchansk viraram alvos da batalha.
O Estado-Maior afirmou que unidades ucranianas iniciaram contra-ataques e que "o inimigo está sob o controle constante da artilharia" e dos drones".
Moscou, que tem mais armas e soldados, iniciou o ataque na região de Kharkiv no momento em que as tropas ucranianas já enfrentavam, há meses, uma intensa pressão nas frentes leste e sul.
As autoridades ucranianas afirmam que cidade de Kharkiv, a segunda maior do país e que fica a dezenas de quilômetros da fronteira russa, não está ameaçada por um ataque terrestre, apesar de ser alvo de bombardeios russos há várias semanas, em particular contra as instalações do sistema de energia.
As autoridades ucranianas começaram a suspender nesta quarta-feira o racionamento do fornecimento de energia elétrica imposto na véspera devido aos danos provocados pelos ataques russos dos últimos meses.
Em um momento de grande pressão, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, cancelou uma visita oficial à Espanha prevista para sexta-feira (17), confirmou a Casa Real em Madri.
Na Rússia, as autoridades anunciaram que neutralizaram 17 drones ucranianos que visavam, entre outros pontos, um depósito de combustível na região de Rostov, no sul, sede do quartel-general militar da operação russa na Ucrânia.
"Durante a noite, várias tentativas do regime de Kiev de executar ataques terroristas (...) contra alvos em território russo foram evitadas", afirmou o Ministério da Defesa em um comunicado.
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