Fachada do Museu Rainha Sofia, em Madri (Espanha) -  (crédito: Luis García (Zaqarbal)/wikimedia commons)

Fachada do Museu Rainha Sofia, em Madri (Espanha)

crédito: Luis García (Zaqarbal)/wikimedia commons

O Museu Rainha Sofía, em Madri, anunciou nesta quinta-feira (16) que mudou o nome de um ciclo de atividades em apoio aos palestinos por apresentar uma conotação "ofensiva", depois de receber críticas da embaixada de Israel e da comunidade judaica na Espanha.

 

O museu estatal decidiu alterar o ciclo que tinha título 'Do rio até o mar' porque "carregava uma conotação que era ofensiva para certas comunidades". Agora, a atividade é chamada "Encontros de pensamento crítico. Solidariedade internacional com a Palestina".

 

 

A frase "Do rio até o mar" refere-se às fronteiras da Palestina antes da criação do Estado de Israel em 1948, sob mandato britânico, e irritou a embaixada israelense e a comunidade judaica na Espanha, que consideraram o título um chamado "à aniquilação de Israel".

 

 

O Museu Rainha Sofía explicou em comunicado que fez a mudança alinhada com o objetivo de "buscar espaços de encontro através da cultura e do debate intelectual".

 

O ciclo de atividades, que inclui conferências, conversas e encontros com artistas palestinos, busca mostrar "apoio e solidariedade à Palestina" e fazer um apelo "ao cessar-fogo", apontou o museu.

 

A embaixada de Israel e a comunidade judaica têm denunciado um aumento do antissemitismo na Espanha desde o início da guerra na Faixa de Gaza, após o ataque dos militantes do Hamas em 7 de outubro.

 

 

A Espanha é um dos países da União Europeia mais críticos em relação à forma como Israel está conduzindo suas operações militares naquela região.

 

O governo do socialista Pedro Sánchez pretende reconhecer o Estado palestino simultaneamente com a Irlanda e a Eslovênia em 21 de maio, segundo o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.