O cais temporário instalado pelos Estados Unidos na costa da Faixa de Gaza recebeu nesta sexta-feira (17) um primeiro carregamento de ajuda humanitária, informou o Exército americano.

Na sexta-feira, "por volta das 9H00 (3h00 de Brasília), caminhões com ajuda humanitária começaram a descarregar (um primeiro carregamento) no cais temporário" na costa da Faixa de Gaza, informou o comando militar americano para o Oriente Médio (Centcom) na rede social X.

"É um esforço multinacional para entregar mais ajuda aos civis palestinos em Gaza por um corredor marítimo exclusivamente humanitário", acrescenta a nota.

O governo dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira a conclusão das obras para a instalação do cais temporário e espera que quase 500 toneladas de ajuda cheguem ao território palestino nos próximos dias.

A carga foi levada até barcas no porto israelense de Ashdod.

O cais, que custou pelo menos 320 milhões de dólares, é parte dos esforços internacionais para driblar as restrições de acesso terrestre impostas por Israel.

Segundo a ONU, a fome ameaça a maioria dos 2,4 milhões de habitantes do território palestino, onde o cerco israelense provocou uma grave escassez de alimentos, água potável, medicamentos e combustível.

A chegada de comboios com ajuda ocasional foi reduzida ao nível mínimo desde que as forças israelenses tomaram o controle, na semana passada, da passagem de fronteira de Rafah com o Egito, crucial para a entrada de suprimentos.

A ONU alertou que abrir as passagens terrestres e permitir a entrada de mais comboios de caminhões em Gaza é a única forma de acabar com a crise humanitária desencadeada pelo conflito entre Israel e o Hamas.

A guerra começou em 7 de outubro, com o ataque executado pelo Hamas no sul de Israel, que matou mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelenses.

Mais de 250 pessoas foram sequestradas e 128 permanecem em cativeiro em Gaza, das quais o Exército acredita que 38 morreram.

A ofensiva de represália de Israel na Faixa de Gaza matou mais de 35.270 pessoas, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa Gaza desde 2007.

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