Sete pessoas, entre elas duas mulheres, foram enforcadas no Irã neste sábado (18), em um momento em que a República Islâmica intensifica o uso da pena de morte com fins políticos, segundo a ONG IHR (Iran Human Rights), com sede na Noruega. 

Parvin Musavi, de 53 anos, mãe de dois filhos, foi enforcada na prisão de Urmia, no noroeste, ao lado de cinco homens, todos eles condenados por tráfico de drogas, afirmou o IHR em um comunicado. 

Em Nishapur, no leste, uma mulher de 27 anos, identificada como Fatemeh Abdulahi, foi enforcada pelo assassinato de seu marido, que era seu primo. 

A IHR afirma que já são 223 execuções ao longo do ano, das quais pelo menos 50 foram no mês de maio, após uma aceleração das execuções depois do fim do ano novo persa e do Ramadã em abril. 

O Irã é um dos países que mais recorre à pena capital ao lado da China e da Arábia Saudita e as execuções acontecem por enforcamento. 

A República Islâmica executa a maior quantidade de mulheres do mundo, segundo grupos de direitos humanos, que afirmam que muitas são vítimas de casamentos forçados ou abusivos. 

Em 2023, pelo menos 22 mulheres foram executadas, o número mais alto da última década, informam as ONGs. 

A IHR afirmou que Musavi ficou presa durante quatro anos antes de sua execução. 

A organização também afirma que um homem pertencente à comunidade judaica iraniana, que reduziu drasticamente nos últimos anos, mas segue sendo a maior do Oriente Médio fora de Israel, corre o risco de uma execução iminente. 

Arvin Ghahremani, de 20 anos, foi condenado à morte por homicídio durante uma briga de rua quando tinha 18 anos e sua execução está prevista para segunda-feira. 

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