Resgatado ou morto? Especulações sobre o paradeiro do presidente Ebrahim Raisi tomaram conta do Irã neste domingo, enquanto prosseguiam as buscas ao helicóptero em que ele viajava, que se acidentou em uma região montanhosa no nordeste do país.

Canais de TV mudaram a programação para acompanhar os trabalhos de resgate, alternando entre imagens das buscas, que aconteciam em meio a uma neblina densa, e de fiéis que rezavam em mesquitas, principalmente na cidade sagrada de Mashhad, onde Raisi nasceu.

Também exibiam imagens gravadas pela manhã, que mostravam o presidente inaugurando uma barragem na fronteira com o Azerbaijão.

No centro de Teerã, o trabalhador do setor privado Hadi, 37, disse à AFP que estava “profundamente entristecido” com o acidente. "Desejamos que Raisi e seus colegas sejam encontrados com boa saúde.”

O ministro do Interior, Ahmad Vahidi, explicou que a longa espera se deve à dificuldade nas buscas, que acontecem "em uma área muito íngreme e arborizada, sob forte chuva e com visibilidade reduzida”. 

“Esperamos, com as orações, conseguir chegar ao local do acidente o quanto antes", acrescentou Vahidi.

- Pedido de rezas -

O aiatolá Ali Khamenei, principal autoridade do Irã, pediu que a população reze. "O povo iraniano não deve se preocupar, não haverá nenhuma perturbação."

Nas redes sociais, muito usadas por iranianos de todas as idades, o acidente se tornou o principal assunto das conversas. O ministro Vahidi, no entanto, pediu que a população se informe "apenas por meio da TV" estatal.

“As pessoas não devem ouvir as informações divulgadas pelas redes, nós iremos mantê-los a par de todas as novidades pela TV", garantiu Vahidi, referindo-se às redes que transmitem do exterior, como a BBC Farsi e a Iran International.

A jornalista Vakili, 29, confessou que sentia medo. "É uma sensação estranha, que já tivemos com Qassem Soleimani”, disse, referindo-se à comoção causada em 2020 pela morte do general. "Espero que ele esteja bem e que o encontrem."

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