Segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (20), o degelo recorde registrado em 2023 na Antártida teria sido "extremamente improvável" sem o aquecimento global.
Provocado pela atividade humana, o aquecimento global "quadruplicou" o risco de acontecimento deste fenômeno, que antes acontecia "uma vez a cada 2.000 anos", afirmaram cientistas do instituto de pesquisa British Antarctic Survey.
Em 2023, a extensão das placas de gelo sobre o mar Antártico, que derretem no verão mas se recuperam no inverno, mediu 2 milhões de km² a menos que a média no inverno polar, uma redução equivalente à superfície do México, destacou o observatório britânico responsável pelo estudo.
Até recentemente, a extensão do gelo marinho era relativamente estável, embora registrasse fortes variações anuais. Ao contrário da situação no Polo Norte, onde há um derretimento acentuado desde 1970.
Mas o recorde registrado em 2023, após sete anos consecutivos de derretimentos acentuados, mostra que na Antártida também há uma tendência de queda.
Estudos anteriores deste observatório mostraram que um nível anormal de derretimento provocou a morte de milhares de filhotes de pinguim-imperador.
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