Uma juíza da Flórida, Estados Unidos, realizará, nesta quarta-feira (22), uma audiência para avaliar o novo pedido do ex-presidente Donald Trump para indeferir o caso sobre sua suposta gestão indevida de documentos sigilosos, depois de sua saída da Casa Branca. 

A audiência ocorrerá em Fort Pierce, na Flórida, perante a juíza Aileen Cannos, que já adiou o julgamento de Trump sobre o caso por tempo indeterminado.

O magnata, que pretende voltar à Casa Branca nas eleições de novembro, é acusado de guardar arquivos secretos - entre eles registros do Pentágono e da Agência de Segurança Nacional -, sem permissão especial, em sua casa de praia na Flórida, além de obstruir nos esforços oficiais para recuperá-los. 

Trump e seu ajudante pessoal, Walt Nauta, também acusado no caso, apresentaram moções respectivas à justiça para descartar o processo.

Em 2023, o ex-presidente declarou não ser culpado das acusações de retenção ilegal de informação de defesa nacional, conspiração para obstruir a justiça e declarações falsas. 

A tentativa é a mais recente de sua defesa para que Trump tenha retiradas as acusações neste caso. O ex-presidente, que está sendo julgado por falsificação de registros contábeis em um tribunal de Nova York, não é esperado na audiência desta quarta, na Florida. 

Esta é a primeira audiência desde que, no inicio de maio, a juíza adiou indefinidamente o início do julgamento. O processo deveria ter começado no dia 20 de maio, mas Cannon disse que não seria possível devido ao alto nível de moções apresentadas no tribunal. 

O adiamento representou um revés para o promotor Jack Smith, que apresentou as acusações contra Trump, e dificulta que o julgamento ocorra antes das eleições, em menos de seis meses.

Os advogados de Trump tem tentado de todos os meios adiar os diversos processos judiciais contra o ex-presidente para depois das eleições. Se ele vencer o pleito, existe a possibilidade de que as acusações federais sejam retiradas. 

Além dos casos de Nova York e Flórida, Trump também é acusado em Washington e Geórgia de tentativa de reverter os resultados das eleições de 2020, nas quais foi derrotado pelo democrata e atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden - a quem ele voltará a enfrentar em novembro. 

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