O homem acusado de atirar no primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, declarou que atuou por discordar da política de governo e que não tinha a intenção de matá-lo, segundo um documento judicial obtido pela AFP nesta quinta-feira (23).

"Durante o interrogatório, ele afirmou que não concordava com a política do atual governo", afirma uma decisão redigida pelo juiz Román Puchovski no sábado. 

Fico foi atingido por quatro tiros na semana passada, quando cumprimentava apoiadores após uma reunião do governo em Handlova, cidade no centro da Eslováquia.

Após o ataque, o premiê foi submetido a duas cirurgias em um hospital da cidade de Banska Bystrica, onde segue internado.

Sua condição é "grave, mas estável", segundo a unidade médica.

O agressor foi identificado pela imprensa eslovaca como o poeta Juraj Cintula, de 71 anos, e foi preso imediatamente pelos seguranças de Fico.

No sábado, um tribunal decidiu mantê-lo em prisão preventiva, após o Ministério Público acusá-lo de tentativa de homicídio premeditado.

O agressor condena a atual gestão pela abolição da Procuradoria Especial, pelos ataques à imprensa e pela interrupção da ajuda militar à Ucrânia, assim como sua política em relação à União Europeia.

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