Jeremy Corbyn, ex-líder do Partido Trabalhista, anunciou nesta sexta-feira que disputará as próximas eleições legislativas britânicas como independente, desafiando sua antiga legenda, que o expulsou depois de acusá-lo de permitir o avanço do antissemitismo no partido.

Membro eleito da Câmara dos Comuns durante quase 40 anos por Islington North, um bairro de Londres, Corbyn, 74 anos, que estava à frente dos trabalhistas na derrota eleitoral de 2019, afirmou em um vídeo publicado na rede social X que concorrerá nas eleições de 4 de julho como "uma voz independente pela igualdade, a democracia e a paz".

Líder trabalhista a partir de 2015, Jeremy Corbyn foi expulso do partido no fim de 2020, após acusações de antissemitismo, pouco depois de ser substituído no comando do partido pelo atual líder, Keir Starmer, grande favorito para ser o próximo primeiro-ministro e acabar com 14 anos de governos do Partido Conservador.

Nas eleições de 2019, Corbyn, com uma posição muito mais à esquerda do que Starmer, que conduziu o partido para o centro, liderou a campanha trabalhista contra os conservadores de Boris Johnson.

Os trabalhistas sofreram uma derrota esmagadora, com 32,1% dos votos, contra 43,6% dos conservadores de Johnson.

Corbyn renunciou à liderança um dia após a derrota nas urnas, em dezembro de 2019, e Starmer foi eleito como novo líder trabalhista em abril de 2020.

No anúncio da sua candidatura como independente, Jeremy Corbyn afirmou que deseja defender algumas políticas ausentes do programa trabalhista, como o controle dos preços dos aluguéis residenciais no Reino Unido.

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