O chefe da diplomacia da UE, o espanhol Josep Borrell, admitiu nesta terça-feira(28) que os países do bloco continuam divididos e sem consenso sobre o envio de instrutores militares à Ucrânia.

"Não há consenso", disse Borrell no final de uma reunião de ministros da Defesa dos países do bloco, em Bruxelas.

"Houve um debate, mas não há uma clara posição europeia sobre isto", comentou o diplomata.

Em 2022, pouco depois da invasão russa, a UE iniciou a instrução de tropas ucranianas, mas fora das fronteiras desse país.

No início de maio, o presidente da França, Emmanuel Macron, surpreendeu todos ao mencionar a possibilidade do envio de instrutores militares para território ucraniano.

Apesar disso, vários países do bloco europeu - em especial a Alemanha - não esconderam a preocupação de que tal gesto poderia arrastar o bloco para um conflito armado direto com a Rússia.

"Os 27 países [que formam a UE] têm visões diferentes. Porém, as coisas mudam", comentou Borrell.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, já mencionou que a aliança militar "não tem planos" de enviar tropas a Ucrânia nem de "estar diretamente envolvida no conflito".

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