A cantora pop anglo-albanesa Dua Lipa chamou a ofensiva feita por Israel em Gaza de "genocídio" e pediu para que seus 88 milhões de seguidores no Instagram "mostrem solidariedade" com os habitantes do território palestino. 

"Queimar crianças vivas não tem justificativa. O mundo inteiro está se mobilizando para acabar com o genocídio" em Gaza, escreveu, nesta terça-feira (29), a cantora de 28 anos, em um story no Instagram. A publicação levou a hashtag "#AllEyesOnRafah" (Todos os olhos em Gaza, em tradução livre), que viralizou nas redes sociais.  

O ator americano Pedro Pascal e a modelo Bella Hadid também publicaram mensagens de apoio a Gaza, usando  a campanha "Todos os olhos em Gaza", lançada por usuários do Instagram. 

Dua Lipa assumiu anos atrás a defesa da causa Palestina.

Em 2021, um grupo judeu chamado de World Values Network classificou Dua Lipa, e as irmãs Bella e Gigi Hadid, como antissemitas, em uma declaração dada ao jornal The New York Times. 

A cantora rebateu as acusações afirmando que elas eram "falsas e espantosas".

Em janeiro, a cantora defendeu um "cessar-fogo humanitário", em uma entrevista com a revista Rolling Stone. Anteriormente, Dua Lipa também assinou uma carta aberta ao presidente americano, Joe Biden, pedindo "o fim dos bombardeios de Gaza e a liberação segura dos reféns" sequestrados em Israel pelo Hamas. 

As críticas a Israel se intensificaram depois do bombardeio ocorrido, no último domingo, em um campo de refugiados em Rafah, no sul de Gaza, que deixou 45 mortos, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo grupo islamista Hamas. 

O conflito foi iniciado em 7 de outubro, quando integrantes do Hamas mataram 1.189 pessoas, em sua maioria civis, no sul de Israel, segundo um balanço da AFP, baseado em dados oficiais israelenses.  

Os milicianos também sequestraram 252 pessoas. Israel afirma que 121 permanecem sequestrados em Gaza, dos quais 37 teriam sido mortas. 

Em resposta, Israel fez ofensivas aéreas e também terrestres contra Gaza, deixando 36.172 mortos até o momento, em sua grande maioria civis, segundo o Ministério de Saúde comandado pelo Hamas.  

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