Quatro jornalistas experientes estão processando a BBC por discriminação depois de terem sido excluídas de seus empregos como apresentadoras quando as redes de notícias nacionais e internacionais BBC News e BBC World News se fundiram.
As denunciantes - Martine Croxall, Karin Giannone, Kasia Madera e Annita McVeigh - com idades entre 48 e 55 anos, alegam que foram discriminadas com base no sexo e na idade pela emissora pública britânica, que nega a acusação.
Em seu depoimento por escrito, apresentado nesta quarta-feira (1°) em uma audiência preliminar perante um tribunal do trabalho, as quatro mulheres alegam um processo de recrutamento "fraudulento" após a reorganização dos canais de notícias da BBC, anunciada em 2022.
Em particular, elas alegam "discriminação" e "assédio" por terem sofrido um "ambiente hostil, degradante e intimidador no local de trabalho".
As quatro reclamantes afirmam que a BBC disse em particular a quatro outros apresentadores - dois homens e duas mulheres mais jovens - que manteriam seus empregos.
"Fomos submetidas a um processo de recrutamento pré-determinado em fevereiro de 2023", disseram as jornalistas, às quais foi oferecido trabalho como correspondentes, um rebaixamento efetivo que veio acompanhado de um corte salarial.
A BBC, por sua vez, defende um processo "rigoroso e justo".
No início de 2020, os tribunais decidiram a favor de uma apresentadora, Samira Ahmed, que processou a BBC por discriminação salarial, alegando que ela recebia seis vezes menos do que seu colega do sexo masculino.
spe/bd/clr/hgs/dg/dd/mvv